sábado, 2 de fevereiro de 2008

SUPERSTIÇÕES




quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Gato Preto - Na Idade Média, acreditava-se que os gatos eram bruxas transformadas em animais. Por isso a tradição diz que quem se cruzar com um gato preto tem azar na certa. Os místicos, no entanto, têm outra versão. Quando um gato preto entra em casa é sinal de dinheiro.

Aranhas - Aranhas, grilos e lagartixas representam boa sorte para o lar. Matar uma aranha pode causar infelicidade no amor.

Arco- íris - Quem passar por debaixo do arco-íris muda de sexo: o homem transforma-se em mulher, e a mulher transforma-se em homem.

Borboleta - Ver uma borboleta voar dá sorte para o dia dessa pessoa.

Brinde
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Se o seu copo contiver algum tipo de bebida alcoólica, no brinde em que ninguém tenha o copo com bebida sem álcool, vocês estarão a arriscar-se, nesse brinde, a ter os vossos desejos invertidos.

Escada
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Nunca devemos passar por debaixo de uma escada. É mau sinal, dá azar!

Espelho partido
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Partiu um espelho? A superstição prega que terá sete anos de má sorte. Olhar-se num espelho quebrado é ainda pior, significa quebrar a própria alma. Ninguém deve olhar-se também num espelho à luz de velas. Não permita ainda que outra pessoa se veja ao espelho ao mesmo tempo que você.

Estrela Cadente - Dizem os antigos que quem pede um desejo quando vê uma estrela cadente, segundo a crença de muita gente, está garantido que ele se realiza.

Guarda-chuva - Abrir um guarda-chuva dentro de casa dá azar. Deve permanecer fechado enquanto não abandonar a habitação. Segundo uma tradição, abri-lo dentro de casa traz infortúnios e problemas aos familiares.

Qual será o sexo do bebê?
-
Existem algumas crenças para tentar adivinhar. Pedir à futura mãe que mostre uma das mãos. Se ela estender com a palma para baixo, será menino. Se a palma estiver para cima, nascerá uma menina. Existe também a linguagem do ventre. Se for pontudo e saliente, é sinal de que um menino está para chegar. Arredondado e crescendo para os lados? Menina à vista.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

LENDAS TRADICIONAIS EUROPEIAS


A Bela Melusine

Certo dia, o conde Siegfried afastou-se do castelo de Koerich para ir à caça. Foi cavalgando e quando deu por ele, estava perdido. Ao pôr do Sol entrou num vale profundo e estreito, mas reparou que lá ao fundo erguia-se um rochedo enorme e as ruínas de um castelo romano. Aproximou-se do rochedo e viu uma mulher linda que cantava lindamente. Esta estava sentada nos escombros do castelo quando o conde, balbuciou:
- Como te chamas?
Ela ergueu-se devagar e disse-lhe docemente:
- Melusine. Chamo-me Melusine.
Depois mergulhou no rio Alzette desaparecendo ao mesmo tempo que os últimos raios de Sol. Exausto, o conde adormece.
De manhã, levantou-se e procurou o rio, disposto a ir para o seu castelo que mais tarde encontrara, mas nunca mais esquecera Melusine, indo por isso todos os dias ao rochedo na esperança de encontrá-la. Por sorte ela voltou e juntos passaram momentos muito felizes, pois Melusine cantava as mais lindas canções e Siegfried ouvi-a, fascinado.
Assim, o conde pediu-a em casamento, mas a donzela impôs algumas condições:
- Caso contigo se me prometeres que não me obrigas a sair daqui. Quero viver sempre junto do rochedo do Bock.
- Seja como queres. Mandarei construir o castelo mais lindo que já se viu por estas paragens.
Melusine parecia hesitante.
- Ainda há outra coisa...
- Tudo o que quiseres! Pede e ser-te-á concedido.
- Preciso de ficar sozinha aos sábados. Prometes que não me segues, não me procuras, não me perguntas sequer onde é que eu vou?
O pedido era estranho, mas o conde jurou porque queria mesmo casar com Melusine.
- Prometo. Dou-te a minha palavra.
Siegfried trocou uma propriedade pelo Rochedo de Brock. O dono do rochedo aceitou a proposta e o conde finalmente casou com Melusine. Tiveram sete filhos e tudo corria bem nas suas vidas até que os amigos começaram a espicaçá-lo!
- Não percebo como é que aturas uma coisa destas! - dizia um.
- Se fosse minha mulher, garanto-te que não desaparecia aos sábados. - dizia outro.
Assim, Siegfried ficou curioso sobre esse mistério da esposa e um sábado espreitou pelo buraco da fechadura.
O que viu deixou-o assombrado, pois Melusine estava a tomar banho e quando se remexia na água, em vez de aparecerem as pernas e os pés, levantava uma monstruosa cauda de peixe, coberta de escamas repelentes. Melusine era uma sereia do rio e ao se aperceber desse facto Siegfried grita tão alto que o seu grito fez eco pelas paredes do castelo, assustando Melusine que se atira de cabeça e mergulha nas profundezas da água a que pertencia, desaparecendo para sempre. Assim, a lenda diz que Melusine aparece de sete em sete anos para implorar que alguém a ajude a quebrar o encanto de ser sereia. Melusine vai tecendo vestes de linho e por cada sete anos, ela acrescenta mais um fio de linho. Se antes de ela acabar esta obra ninguém a salvar, Luxemburgo irá desfazer-se em ruínas.
Lenda característica de LUXEMBURGO

A Dama Pé de Cabra

Certo dia, D. Diogo Lopez saiu para uma caçada e a meio do seu caminho, depara-se com uma mulher muito formosa, que cantava lindamente.
- Quem sois vós, senhora? Quem sois vós que logo me cativastes? - pergunta D. Diogo Lopez.
Ela sorriu e respondeu:
- Sou uma dama tão nobre como tu.
D. Diogo Lopez, rapidamente se apaixonou perdidamente por ela e disse-lhe:
- Senhora, se casares comigo ofereço-te as minhas terras e os meus castelos.
- Guarda as tuas terras, que precisas delas para cavalgar! - respondeu ela.
- Que posso oferecer-te então para que sejas minha?
Ela não disse nenhuma palavra. De repente, estremeceu:
- A única coisa que me interessa, não ma podes dar porque foi um legado da tua mãe.
- E se eu te amar mais do que à minha própria mãe?
Esta disse-lhe:
- Nesse caso tens de jurar que não tornas a fazer o sinal da cruz que ela te ensinou em pequeno.
Este estranhou o pedido, mas estava tão apaixonado por ela, que exclamou:
- Seja como queres!
Dito isto D. Diogo levou-a para o castelo. Durante longos anos tudo correu bem, embora D. Diogo tenha reparado que a mulher tinha pés de cabra. Tiveram dois filhos, D. Inigo e D.ª Sol.
Certa noite ao jantar, devido à morte de um dos cães de caça de D. Diogo provocada pela cadela da sua esposa, D. Diogo esqueceu-se do juramento e benzeu-se...
Foi o suficiente, para a sua esposa se desmanchar em urros pavorosos, ficando a sua pele negra. A mulher parecia um animal horrendo, de boca torta e olhos revirados, erguia-se no ar levando debaixo do seu braço a sua filha D.ª Sol.
D. Diogo estava aterrorizado...
- A minha mulher é o diabo! - exclamou.
Dizendo isto, a mulher soltou o último grunhido e desapareceu por uma frecha junto ao tecto.
Desde esse dia nunca mais ninguém no castelo, tornou a pôr a vista em cima da mãe, da filha e da cadela. Desapareceram por artes mágicas.
D. Diogo desolado partiu para a guerra.
Lenda característica de PORTUGAL

O Flautista de Hamelin

Hamelin era uma cidade muito parecida com as outras. A vida era simples e tranquila, em família. Havia prosperidade e fraternidade entre os seus cidadãos até ao dia em que a população se apercebe, que a meia dúzia de ratos que havia nessa região passara a ser uma praga. Os ratos multiplicavam-se cada vez mais e percorriam as ruas, infestando casas e celeiros, devorando tudo o que encontravam para comer. As pessoas andavam muito aflitas. Nada fazia parar aqueles ratos, mesmo que usassem pedras e varapaus. Certo dia, apareceu às portas da cidade um homem alto, magro, de barbicha pontiaguda e olhos oblíquos. Vestia roupa de muitas cores e não trazia outra bagagem além de uma flauta enfiada no cinturão. Ninguém o conhecia, mas em breve adoravam-no, pois este homem tocava flauta como nunca ninguém ouvira. A população julgava tratar-se de magia devido àquele som hipnotizante. O homem sorria e continuava a tocar até que acreditassem em tudo o que lhes dissesse.
Certa altura, afirma o homem:
- Cheguei para vos libertar dos ratos. Posso levá-los comigo para onde eu quiser.
De repente, ouvesse a voz do alcaide:
- Se fores capaz de fazer o que dizes, dar-te-ei uma bolsa recheada de moedas de oiro.
- Muito bem - respondeu ele. - Aceito.
De novo levou a flauta à boca e pôs-se a soprar muito baixinho, com sons diferentes dos que tivera tocado.
Imediatamente vinham de todos os celeiros, das sacas, dos barris os ratos infestantes.
Ambos seguiam a música do flautista e por se terem visto livre dos ratos a população fez uma grande festa.
No dia seguinte, quando o flautista apareceu na cidade para receber a recompensa, o alcaide tão ingrato como o povo, só lhe deu uma única moeda de oiro. Pálido de raiva, dirigiu-se até à porta da cidade e tocou uma melodia em que as notas eram todas iguais. As pessoas pensaram que ele tinha perdido o jeito, mas logo mudaram de ideias, quando todas as crianças da cidade, começaram a correr atrás dele descontraídas como os ratos. De nada, valeu os chamamentos e as rogas, pois estas nunca mais voltaram. E a cidade ficou triste, muito triste mergulhada em silêncio.
Lenda característica da ALEMANHA

A Guerra de Tróia

A guerra de Tróia foi um episódio sangrento da antiguidade que teve lugar entre 1300 a.C e 1200 a.C. Esta guerra acabou por destruir a cidade de Tróia e facilitar o fim da Idade do Bronze no Mediterrâneo. A causa deste conflito foi o rapto de Helena de Esparta, sendo esta raptada por Páris, príncipe de Tróia. Segundo a mitologia, a cidade de Tróia acabou por ser tomada, após um longo cerco, através do "Cavalo de Tróia".
Os gregos antigos acreditavam que a guerra de Tróia era um facto histórico, ocorrido no período micênico, mas durante séculos, os estudiosos tiveram dúvidas se esta de facto ocorreu.

A
Ilíada, de Homero, descreve os acontecimentos finais da guerra que incluem as mortes de Pátroclo, Heitor e Ájax que se suicidou com a espada que Heitor lhe dera. A obra Odisséia é a continuação da Ilíada, que conta a volta de Odisseu a Ítaca, onde passou mais dez anos até chegar ao seu destino.


"O MITO"

Esta sangrenta guerra, ocorreu quando os
aqueus atacaram Tróia, com o objectivo de vingar o rapto de Helena, esposa de Menelau. Os aqueus, actualmente designados por gregos possuíam uma cultura e uma linguagem muito semelhantes às dos troianos. No entanto, naquela época consideravam-se povos distintos.
A
lenda conta que uma deusa (ninfa) do mar Tétis era desejada como esposa por Zeus e por Posídon. Porém, Prometeu teve a profecia de que o filho da deusa seria maior do que o seu pai, sendo que os deuses, temendo a perda de poder, resolveram dá-la como esposa a Peleu, um mortal já idoso, com a intenção de enfraquecer o filho deste, já que seria um humano que os deuses facilmente venceriam. O filho de ambos ficou conhecido como Aquiles. Porém, a sua mãe temendo que algo de mal acontecesse ao seu filho, decidiu fortalecer a sua natureza mortal e mergulhou-o quando ainda era um bébé nas águas do mitológico rio Estige. As águas tornaram-no invulnerável, excepto no calcanhar, por onde a mãe o segurou, enquanto o mergulhava no rio. Aquiles tornou-se o mais poderoso dos guerreiros. Mais tarde, a sua mãe profetiza que ele poderá escolher entre dois destinos: lutar em Tróia e alcançar a glória eterna, mas morrer jovem ou permanecer na sua terra natal e ter uma longa vida, porém seria logo esquecido.

HELENA E PÁRIS

Para o casamento de Peleu e Tétis todos os deuses foram convidados, excepto Éris ou Discórdia. Ofendida, a deusa tornou-se invisível e foi à grande boda, com a intenção de deixar numa mesa um pomo de ouro, onde estava gravada a seguinte descrição: “À mais bela”. Assim, as deusas Hera, Atena e Afrodite começaram imediatamente, a disputar o título de mais bela e o pomo. Zeus, o deus dos deuses, não quis ser o juiz, de forma a não magoar, nem ofender duas das deusas, pelo que este ordenou ao príncipe troiano Páris que tomasse uma decisão e resolvesse a disputa. De forma, a "subornar" o princípe, Atena ofereceu a Páris, poder nas batalhas que enfrentasse e sabedoria. Hera ofereceu riqueza e poder e Afrodite, por sua vez, ofereceu o amor da mulher mais bela do mundo. Páris deu o pomo a Afrodite ganhando assim, a sua proteção e o ódio das outras duas deusas.
A mulher mais bela do mundo era
Helena de Esparta, filha de Zeus e de Leda, rainha de Esparta.
Assim, quando Páris foi a Esparta numa missão diplomática, apaixonou-se por Helena e ambos fugiram para Tróia, enfurecendo Menelau. Este apelou aos antigos pretendentes de Helena, que o ajudassem. Agamenon, assumiu o comando de um exército de mil
naus e atravessou o mar Egeu, com o objectivo de atacar Tróia. Assim sendo, as naus gregas desembarcaram numa praia próxima de Tróia e iniciaram um cerco que iria durar dez anos e custaria a vida de muitos heróis de ambos os lados, sendo os mais notáveis Heitor e Aquiles.
Finalmente, seguindo um estratagema proposto por Odisseu, o famoso cavalo de Tróia, os gregos invadiram a cidade governada por
Príamo e terminaram a guerra. O cavalo de Tróia revelara-se assim, uma armadilha. Este cavalo representava um pedido de paz grego e como tal, foi levado à presença do rei, sendo que os troianos o levaram para dentro das muralhas da cidade. À noite, enquanto todos dormiam, os soldados gregos que se escondiam dentro da estrutura de madeira do cavalo saíram e abriram os portões para que todo o exército entrasse e queimasse a cidade.

Contudo, o príncipe Páris morreu em guerra, havendo boatos de que este morrera aos braços de Helena depois de ter sido atingido durante a batalha. No entanto, ainda hoje se discute o fim de Helena. Algumas pessoas acreditam que sobreviveu à guerra, pois foi perdoada por Menelau, voltando para Esparta. Assim sendo, ainda hoje se discute a causa da sua morte, pelo que esta é muito controversa.