quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

O Flautista de Hamelin

Hamelin era uma cidade muito parecida com as outras. A vida era simples e tranquila, em família. Havia prosperidade e fraternidade entre os seus cidadãos até ao dia em que a população se apercebe, que a meia dúzia de ratos que havia nessa região passara a ser uma praga. Os ratos multiplicavam-se cada vez mais e percorriam as ruas, infestando casas e celeiros, devorando tudo o que encontravam para comer. As pessoas andavam muito aflitas. Nada fazia parar aqueles ratos, mesmo que usassem pedras e varapaus. Certo dia, apareceu às portas da cidade um homem alto, magro, de barbicha pontiaguda e olhos oblíquos. Vestia roupa de muitas cores e não trazia outra bagagem além de uma flauta enfiada no cinturão. Ninguém o conhecia, mas em breve adoravam-no, pois este homem tocava flauta como nunca ninguém ouvira. A população julgava tratar-se de magia devido àquele som hipnotizante. O homem sorria e continuava a tocar até que acreditassem em tudo o que lhes dissesse.
Certa altura, afirma o homem:
- Cheguei para vos libertar dos ratos. Posso levá-los comigo para onde eu quiser.
De repente, ouvesse a voz do alcaide:
- Se fores capaz de fazer o que dizes, dar-te-ei uma bolsa recheada de moedas de oiro.
- Muito bem - respondeu ele. - Aceito.
De novo levou a flauta à boca e pôs-se a soprar muito baixinho, com sons diferentes dos que tivera tocado.
Imediatamente vinham de todos os celeiros, das sacas, dos barris os ratos infestantes.
Ambos seguiam a música do flautista e por se terem visto livre dos ratos a população fez uma grande festa.
No dia seguinte, quando o flautista apareceu na cidade para receber a recompensa, o alcaide tão ingrato como o povo, só lhe deu uma única moeda de oiro. Pálido de raiva, dirigiu-se até à porta da cidade e tocou uma melodia em que as notas eram todas iguais. As pessoas pensaram que ele tinha perdido o jeito, mas logo mudaram de ideias, quando todas as crianças da cidade, começaram a correr atrás dele descontraídas como os ratos. De nada, valeu os chamamentos e as rogas, pois estas nunca mais voltaram. E a cidade ficou triste, muito triste mergulhada em silêncio.
Lenda característica da ALEMANHA

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